segunda-feira, 7 de maio de 2012

Do início do fim: o início

Certamente não sabia como terminar elucubrações de tempos idos, que marcam a intensidade de conhecer o novo. A experiência antropológica-cultural-turística, assim, não pode ser definida. Demorei a escrever tais linhas, para por a pena no teclado e ir tecendo uma tentativa de dar sentido a essas memórias que de recordações tem poucas. Algumas reflexões, apanhados históricos e racionalizações sem sentido, outras mais profundas. Mas o texto está aí, virtual, nessa teia de informações, imagens. Espero que um dia meu rebento leia tais linhas. É na aposta de que essa escritura vai chegar até ele ou ela, que deixo esse percurso ao que há de vir, advir. Foi nesse caminho que descobri a mais fina flor e a futura mãe desse ao qual destino essas palavras.  E é com a poesia que fiz para ela que gostaria de pôr o início no fim, em sua finalidade mais plena:

Flor de Altitude

Nos Andes pude encontrar a sintonia
Nos Andes pude encontrar tranquilidade

Caminhava por aí a vagar no mundo
Queria me libertar buscando liberdade
Inconsciente, desenhava em mapas o
Sentido, faltava fôlego, era difícil respirar


Pensava nas tristes criaturas humanas
Sonhava com vitórias quase míticas
Como da Perseu contra a Górgona
Acreditava que poderia mudar o mundo


Mas nos Andes pude encontrar alegria
Nos ande pude encontrar felicidade


Busquei restos arqueológicos em mim
Vi pedras e construções antigas
Contatei que havia muito a ser
Edificado. Meu futuro estava ali


Admirei o que há de mais fulcral
Percebi os olhos mais lindos a mirar
A sensibilidade, o carinho. O beijo mais
Terno. Pulsava em mim o sangue Inca


Nos Andes encontrei ar e água
No Andes me tornei terra e fogo


Descobri a mais fina sorte
E a vida deixou de ser morte


E nos Andes encontrei mais
Que uma flor, nos Andes
Finalmente toquei Amor


Machu Picchu




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